30 de dez. de 2011

Água parada da dengue.

Gente é uma coisa curiosa, né?!
Se eu disser pra alguém "ahh, meu namorado não gosta muito de sair de casa, a gente fica vendo filme no final de semana, tranquilo"
O que não vai faltar é alguém dizendo
'Ai, credo. Tem q sair, ficar em casa é um saco" "Nossa, como você aguenta?" "Imagina, sai sem ele, azar dele. Quem da assistência bla bla bla" "mi mi mi mi mi"
Já passou pela cabeça de alguma dessas pessoas, que talvez eu não me importe? Que eu também gosto de ficar em casa na boa? Que quando eu digo que 'meu namorado não gosta de sair' pra mim não faça diferença... eu sairia, mas ficar em casa também é ótimo. Ou até que eu gosto de fazer as vontades do meu namorado, e não quero ficar impondo condições ou lugares.
É, quem me conhece de verdade sabe que isso não é exatamente uma situação que poderia acontecer. E se chegou realmente a pensar que isso é uma possibilidade, então está enganado.
E também não importa. O caso é que sempre tem alguém te julgando. Achando certas atitudes estão erradas, absurdas... Mas estão tão ocupadas em cuidar da vida e do namoro dos outros que esquecem de olhar pra própria vida.
Hoje, sabe o q eu digo se uma amiga me diz "ahh, Mayara, eu não vou sair com você porque meu namorado não deixa"? Que pena. Eu não aceitaria uma situação dessa, mas se essa é a sua escolha e você ta feliz, até mais.
E daí se o meu namorado é amoroso, carinhoso, atencioso, se da bem com a minha família, não briga por qualquer coisa, não tem ciúmes doentio? Imaginaaaa, ficar o final de semana inteiro vendo filme, se fosse você eu largava ¬¬
Pois eh, se.
"Meu namorado não bebe"
"Aí que namorado careta"
Verdade, bom mesmo é carregar namorado vomitando pra casa. Não tenho filho dessa idade.
Aí vai ver, esses palpiteiros são os que tem os relacionamentos mais doentios... Procuram a pessoa perfeita, ou se contentam com qualquer um. Mas pelo menos não fica todo o fim de semana vendo filme.
Aí vai do equilíbrio de cada um entre o que no outro, é bom e o que de ruim você é capaz de tolerar.

Ou você já viu alguém que teve dengue dizer que tem água parada no quintal? Nunca, sempre o mosquito veio voando da casa do vizinho. E esse vizinho nunca teve dengue. Bom pra ele.

1 de dez. de 2011

Londringá




Uma das coisas que mais me perguntam é: E aí, ta gostando mais de Maringá ou de Londrina?
É claro que não tenho resposta pra essa pergunta. Assim como no início quando eu mudei pra Londrina eu preferia Maringá, por alguns meses esse ano tudo que eu mais queria era estar lá, no terceiro ano, perto do meu namorado... Agora o tempo passou e as coisas ficam claras... Eu não tenho escolha, e pensar nisso agora não vai resolver... Eu TIVE escolha, tive um momento tenso no qual eu optei pela transferência, mas nem nesse momento eu pude pensar muito, as forças invisíveis e externas eram muito mais fortes que as minhas...
E agora passou. Eu aproveito o que eu tenho aqui, e vou pra lá nos finais de semana.
E se eu pudesse, eu queria as duas pra sempre.
Em termos de faculdade e estudo eu prefiro a UEM, não por ser melhor ou algo do tipo, olhando pra trás eu vejo quantas coisas legais eu tive oportunidade lá na UEL, mas eu não tinha maturidade para aproveita-las, pra correr atrás do tempo que corria.
E o tempo foi generoso comigo, me dando tantas chances de perceber isso antes de olhar pra frente e estar me formando.
Se fizer as contas, eu estaria entrando agora no quinto ano. QUINTO ANO. E provavelmente não teria feito nada.
Foi na UEM que minha visão sobre a odontologia amadureceu. Mas não foi só a UEM, foi o quarto ano de odontologia, e a mudança para outra abordagem.
Mas eu sempre sinto saudades da UEL quando tenho que comer no RU. A fila é maior, mas a qualidade é incomparável.
A saudade passa se depois for aula de anatomia, naqueles laboratórios quentes e lotados.
E o terceiro segundo ano não pareceu tão ruim quando não tenho que ouvir a mesma piada, e ver os mesmos slides que no ano anterior. Mas que esse terceiro ano já demorou mais do que eu queria, isso sim. E é no terceiro ano que está a tão esperada clínica.
Foi em Londrina que eu comecei a sair, baladinhas, shows, bares, e ainda não consegui encontrar lugares que se igualem em Maringá. pelo menos no que diz ao meu gosto musical.
Em Maringá eu sinto falta de amigos. Não que aqui eu não tenha, inclusive apenas amizades verdadeiras, que vem ainda de antes de mudar pra Londrina, mas lá eu morava com as amigas. Aqui cada um tem sua vida, sua casa, e longe uma da outra, e falta tempo. Lá era no outro quarto, na carteira ao lado na sala de aula, e isso aqui ainda não deu tempo.
Em contrapartida, em Maringá eu tenho meu próprio meio de transporte, o que facilita muito a vida, inclusive pra ir à casa das amigas. E aqui o trânsito é melhor. Quem sempre morou em Maringá pode discordar, dizendo que o trânsito é violento e tudo mais. Até é, mas em Londrina a loucura é semelhante, e lá as placas ficam presas nos postes, quanto tem placas, as avenidas são rua de mão única e os semáforos do centro não são todos de degrau (como o do desenho =p) e ficam em cima da faixa, até pra atravessar a rua lá é ruim no começo, depois você aprende...
Inclusive lá eu não tinha moto e andava muito a pé, mas Londrina é tão quente quanto Maringá, mas não tem árvores naquela cidade! Só no calçadão, bosque, nas ruas não, e em baixo delas ainda tem bosta de pomba. Na rua, na hora de caminhar, o sol castiga.
Em Londrina eu tinha meu namorado todos os dias, mas a ansiedade com relação a isso vai diminuindo junto com os dias que restam pro ano acabar.
O alívio vem quando se percebe que mesmo com a mudança, o que é verdadeiro dura (clichê, eu sei)
As amizades não acabam, e a faculdade, o terceiro ano eu também vou alcançar aqui, e lá eu deixei tantos pesos junto que até valeu a pena, não ter que ver algumas pessoas, ouvir algumas conversas.
O triste é ter que me despedir dos shows e das tantas visitas às amigas com a mudança do namorado... Mas eu ganho o namorado de novo todos os dias.

Você acha mesmo que eu tenho resposta pra essa pergunta?