30 de dez. de 2011

Água parada da dengue.

Gente é uma coisa curiosa, né?!
Se eu disser pra alguém "ahh, meu namorado não gosta muito de sair de casa, a gente fica vendo filme no final de semana, tranquilo"
O que não vai faltar é alguém dizendo
'Ai, credo. Tem q sair, ficar em casa é um saco" "Nossa, como você aguenta?" "Imagina, sai sem ele, azar dele. Quem da assistência bla bla bla" "mi mi mi mi mi"
Já passou pela cabeça de alguma dessas pessoas, que talvez eu não me importe? Que eu também gosto de ficar em casa na boa? Que quando eu digo que 'meu namorado não gosta de sair' pra mim não faça diferença... eu sairia, mas ficar em casa também é ótimo. Ou até que eu gosto de fazer as vontades do meu namorado, e não quero ficar impondo condições ou lugares.
É, quem me conhece de verdade sabe que isso não é exatamente uma situação que poderia acontecer. E se chegou realmente a pensar que isso é uma possibilidade, então está enganado.
E também não importa. O caso é que sempre tem alguém te julgando. Achando certas atitudes estão erradas, absurdas... Mas estão tão ocupadas em cuidar da vida e do namoro dos outros que esquecem de olhar pra própria vida.
Hoje, sabe o q eu digo se uma amiga me diz "ahh, Mayara, eu não vou sair com você porque meu namorado não deixa"? Que pena. Eu não aceitaria uma situação dessa, mas se essa é a sua escolha e você ta feliz, até mais.
E daí se o meu namorado é amoroso, carinhoso, atencioso, se da bem com a minha família, não briga por qualquer coisa, não tem ciúmes doentio? Imaginaaaa, ficar o final de semana inteiro vendo filme, se fosse você eu largava ¬¬
Pois eh, se.
"Meu namorado não bebe"
"Aí que namorado careta"
Verdade, bom mesmo é carregar namorado vomitando pra casa. Não tenho filho dessa idade.
Aí vai ver, esses palpiteiros são os que tem os relacionamentos mais doentios... Procuram a pessoa perfeita, ou se contentam com qualquer um. Mas pelo menos não fica todo o fim de semana vendo filme.
Aí vai do equilíbrio de cada um entre o que no outro, é bom e o que de ruim você é capaz de tolerar.

Ou você já viu alguém que teve dengue dizer que tem água parada no quintal? Nunca, sempre o mosquito veio voando da casa do vizinho. E esse vizinho nunca teve dengue. Bom pra ele.

1 de dez. de 2011

Londringá




Uma das coisas que mais me perguntam é: E aí, ta gostando mais de Maringá ou de Londrina?
É claro que não tenho resposta pra essa pergunta. Assim como no início quando eu mudei pra Londrina eu preferia Maringá, por alguns meses esse ano tudo que eu mais queria era estar lá, no terceiro ano, perto do meu namorado... Agora o tempo passou e as coisas ficam claras... Eu não tenho escolha, e pensar nisso agora não vai resolver... Eu TIVE escolha, tive um momento tenso no qual eu optei pela transferência, mas nem nesse momento eu pude pensar muito, as forças invisíveis e externas eram muito mais fortes que as minhas...
E agora passou. Eu aproveito o que eu tenho aqui, e vou pra lá nos finais de semana.
E se eu pudesse, eu queria as duas pra sempre.
Em termos de faculdade e estudo eu prefiro a UEM, não por ser melhor ou algo do tipo, olhando pra trás eu vejo quantas coisas legais eu tive oportunidade lá na UEL, mas eu não tinha maturidade para aproveita-las, pra correr atrás do tempo que corria.
E o tempo foi generoso comigo, me dando tantas chances de perceber isso antes de olhar pra frente e estar me formando.
Se fizer as contas, eu estaria entrando agora no quinto ano. QUINTO ANO. E provavelmente não teria feito nada.
Foi na UEM que minha visão sobre a odontologia amadureceu. Mas não foi só a UEM, foi o quarto ano de odontologia, e a mudança para outra abordagem.
Mas eu sempre sinto saudades da UEL quando tenho que comer no RU. A fila é maior, mas a qualidade é incomparável.
A saudade passa se depois for aula de anatomia, naqueles laboratórios quentes e lotados.
E o terceiro segundo ano não pareceu tão ruim quando não tenho que ouvir a mesma piada, e ver os mesmos slides que no ano anterior. Mas que esse terceiro ano já demorou mais do que eu queria, isso sim. E é no terceiro ano que está a tão esperada clínica.
Foi em Londrina que eu comecei a sair, baladinhas, shows, bares, e ainda não consegui encontrar lugares que se igualem em Maringá. pelo menos no que diz ao meu gosto musical.
Em Maringá eu sinto falta de amigos. Não que aqui eu não tenha, inclusive apenas amizades verdadeiras, que vem ainda de antes de mudar pra Londrina, mas lá eu morava com as amigas. Aqui cada um tem sua vida, sua casa, e longe uma da outra, e falta tempo. Lá era no outro quarto, na carteira ao lado na sala de aula, e isso aqui ainda não deu tempo.
Em contrapartida, em Maringá eu tenho meu próprio meio de transporte, o que facilita muito a vida, inclusive pra ir à casa das amigas. E aqui o trânsito é melhor. Quem sempre morou em Maringá pode discordar, dizendo que o trânsito é violento e tudo mais. Até é, mas em Londrina a loucura é semelhante, e lá as placas ficam presas nos postes, quanto tem placas, as avenidas são rua de mão única e os semáforos do centro não são todos de degrau (como o do desenho =p) e ficam em cima da faixa, até pra atravessar a rua lá é ruim no começo, depois você aprende...
Inclusive lá eu não tinha moto e andava muito a pé, mas Londrina é tão quente quanto Maringá, mas não tem árvores naquela cidade! Só no calçadão, bosque, nas ruas não, e em baixo delas ainda tem bosta de pomba. Na rua, na hora de caminhar, o sol castiga.
Em Londrina eu tinha meu namorado todos os dias, mas a ansiedade com relação a isso vai diminuindo junto com os dias que restam pro ano acabar.
O alívio vem quando se percebe que mesmo com a mudança, o que é verdadeiro dura (clichê, eu sei)
As amizades não acabam, e a faculdade, o terceiro ano eu também vou alcançar aqui, e lá eu deixei tantos pesos junto que até valeu a pena, não ter que ver algumas pessoas, ouvir algumas conversas.
O triste é ter que me despedir dos shows e das tantas visitas às amigas com a mudança do namorado... Mas eu ganho o namorado de novo todos os dias.

Você acha mesmo que eu tenho resposta pra essa pergunta?

18 de nov. de 2011

O anel dourado

- Você ta falando sério?
- Nunca falei tão sério, meu anel está no lixo e foi você quem jogou. E eu não saio daqui sem ele.
E ele olhava com cara de incrédulo esperando que eu negasse. E eu esperava que ele tirasse o anel dourado do bolso.












Assim como a pedra na janela, pra nunca esqucer...

5 de out. de 2011

Fio dental

Leia imaginando a voz do Pedro Bial...


UAHUhauHAHuahUAHa

Senhoras e Senhores do curso de Odontologia.
Fio dental.
Nunca deixem de usar o fio dental
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta:
usem o fio dental!
Os benefícios a longo prazo do uso do fio dental estão provados e comprovados pela ciência. E nós sabemos disso.
Mas como paciente posso dizer que isso evita visitas traumáticas ao dentista.
O restante dos meus conselhos se baseiam na minha caminhada como acadêmica de odontologia de duas faculdades, três turmas diferentes, 2 república, morar de favor na casa de amigo e casa de mãe e 4 anos de faculdade.
Que aproveitemos todos os anos da faculdade antes que num piscar de olhos estejamos no último ano, lamentando a despedida.
Aproveitemos cada aula de farmacologia e gestão, quem sabe o quanto sentiremos falta delas.
Pela época da faculdade e para efeitos colaterais de fármacos.
Afinal, quem não reclamava do cursinho pré vestibular, de estudar por seis meses e ter a vida decidida em três dias... E quando olha pra trás lembra tantas coisas boas.
Nem tudo é bom ou ruim, em tudo há um pouco de trevas e luz
E eu ainda não ouvi falar de uma faculdade que seja fácil, pergunte pra qualquer estudante, sempre tem um professor osso duro, uma matéria chata... Sempre há problemas pessoais atrapalhando a vida acadêmica, a faculdade atrapalhando o namoro.
Tire fotos, principalmente das aulas com o colega como paciente... Da sua cara de pavor deitado na cadeira. Muitas vezes é assim que seu paciente se sente, e se você souber o que é isso, pode transmitir confiança e empatia.
Não se preocupe com o futuro, mas estude com antecedência para as provas, um semestre em uma madrugada é incompatível.
E também não deixe de estudar para as provas 'fáceis', muitas daquelas que você saiu da sala com a certeza de um 9, no mínimo, você vai ficar de exame.
Não seja leviano com as disciplinas básicas.
Use filtro solar, na praia e na fila do RU. Recomeçar as aulas com a cara queimada, ou por causa de um almoço sair com marca de regata não é legal.
Não perca tempo com inveja, tem o que estudou mais que você e tem o que nunca estuda e tira nota, mas isso não vai fazer a sua nota subir.
Guarde os cadernos antigos, empreste eles para os calouros. Ou no mínimo será interessante ler algumas coisas depois de alguns anos do fim da faculdade. Principalmente os rodapés e rabiscos do final da página.
Não se sinta culpado por não saber o que fazer, a graduação é longa e as especialidades são muitas.
Seja cuidadoso com a ATM, você não quer sentir falta dela.
Talvez você se forme, talvez não.
Talvez reprove, talvez não.
Quem sabe só algumas DPs, ou não.
Quem sabe você se forme e faça outra graduação e nunca mais queira ouvir falar de odontologia.
Mas sempre use fio dental.
Desfrute do seu corpo, e da sua coluna, enquanto ainda pode fazer isso, mesmo!
Leia as instruções, e se tratando de materiais odontológicos, siga.
Viaje, nem que seja a congressos, e principalmente se forem na praia. Ou até para Lavras.
Aceite certas verdades inescapáveis: As dentais ficam com seu dinheiro, e se você for seguir a profissão será sempre assim.
Cuidado com os trabalhos que comprar, se outra pessoa estudar para que você se forme, o dentista não será você. Não é um curso de odontologia por correspondência.
Cuidado com conselhos, muito mais com formulas mágicas.
Cada um tem uma maneira de ver o mundo, um jeito de estudar, as verdades são relativas.
Mas no fio dental. Acreditem.

Mayara Buss

3 de out. de 2011

Felicidade

E nesse mundo online de informações regurgitadas nas nossas mentes e corações o que não falta são generalizações... Amor é isso, felicidade é aquilo, isto está errado, aquilo certo, ou o contrário. Cada um vende sua verdade, formulas mágicas de ser feliz, de amar, de amar pra sempre. E pobre de quem acredita, e vai viver a verdade do outro.
Aí vai ter quem diga, amor eterno não existe.
Como se cada um não tivesse seu jeito de ver o mundo e se relacionar e minha verdade não pudesse ser real, no MEU mundo.
Nós temos ideias e conceitos próprios, nós discutimos isso com nossos amigos, concordamos, brigamos, crescemos... Mas o mundo virou de ponta cabeça e agora quando falamos online, falamos para o mundo... Mas ainda conversamos sozinho. E a maioria não quer ler e conversar, absorver ou rejeitar ideias, conhecer conceitos, quer mesmo é brigar e impor seus pontos de vista...
E nós fazemos isso todos os dias, e sem perceber isso vai mudando nossa maneira de ver o mundo... É construtivo, porque não... Mas quando falamos a quem quer ouvir, como sempre foi feito, em mesas de bar, de shopping, de cantina...


E o que é Felicidade para você?

Algumas pessoas encaram a Felicidade como um momento, aquele suspiro, aquele sorriso, aquele olhar...

Eu só posso dizer que em mim, felicidade é tudo. Que esse momento é a Alegria.
E Felicidade é quando a Alegria está ganhando da Tristeza. É o saldo final, do dia, do mês, do ano. E pensando bem, isso me parece uma Felicidade bem otimista...
E dizer eu SOU feliz. Felicidade é um monte de Alegrias.


26 de set. de 2011

p*&@#, Merda!

Era uma tarde quente e úmida, quando eu passei caminhando apressada por uma praça, queria terminar as tarefas já atrasadas de tanto adiar, nem queria passar pela praça, mas a falta de vagas para estacionar me obrigou.
Tarde, quente, úmida, praça... E senti aquele cheiro de bosta de pombo...
E me passou um filme pela cabeça... Abraços, dias, noites, brigas, beijos, e era como se eu estivesse caminhando com pressa não mais para chegar logo ao outro lado da praça, mas para escola de inglês do outro lado do bosque e sem merda no cabelo ou na roupa.
Quantas vezes eu não tive vontade de sair de casa com um guarda chuva só pelas pombas, ou de ir pela catedral pra não passar pelo bosque ao entardecer... Mas de repente me parecia mais longe pelo outro caminho, e eu sempre me esquecia do guarda chuva, sempre atrasada...
Quantas noites passando pelo calçadão, sendo lavado por caminhões pipa e aquele cheiro subindo mais com a umidade...
Como nos dias em que saia de branco para a clínica, andando devagar para não escorregar na merda que formava uma camada espessa no chão.
Passando pela concha acústica e quase pisando nas pombas cagonas, que de tão acostumadas com o vai-e-vem de humanos, nem saem mais do caminho... até duvidaria que com aquele tamanho de frango conseguissem voar, se não sentisse que a merda vinha do alto.
Até pra sentar nos bancos tinha que competir com as carimbadas branco esverdeadas, ou forrar o banco.
Dois anos e meio voaram até a copa das árvores infestadas de passáros, e eu senti saudades...
Saudade de sentir cheiro de merda de pomba todos os dias, e de pragueja-las...
Aqui as andorinhas da rodoviária não tem um cheiro tão marcante... E ainda assim eu acho um espetáculo a revoada dos bandos até os postos para mirar nossas cabeças

25 de ago. de 2011

Eu acredito no semáforo

Pra você ver como as mesmas paisagens, os mesmos ventos, as mesmas pessoas, são relativos...
Estávamos nós, no lago, num entardecer gelado, e eu só conseguia escutar o choro do motor do carro se recusando a ligar, e o semáforo na nossa frente, verde, amarelo, vermelho, umas 100 vezes. E eu nem tive a idéia de cronometrar quanto tempo levava cada ciclo, ficava só vendo as luzes coloridas. E girando a chave.
Quando eu me irritei e desisti devia ter ido caminhar, ou sentar no banco da pista, olhar as luzes de outro ângulo.


... Eu acredito no avião
eu acredito no relógio
eu acredito no coraçãoo (8)

Semáforo - Vanguart

12 de ago. de 2011

Sobra tanta falta

A conta da saudade, quem é que paga? Essa Saudade de chumbo.

Sabe quando você ouve uma música pela milésima vez, mas é como se fosse a primeira.

Aquela música que você até sabia que era bonita, mas nunca tinha entendido todos os acordes com o coração.

E parece que a gente conhece os mais íntimos segredos e amores de quem a escreveu, é como se fossemos amigos de confidências, chorando as próprias desventuras ao sons de suas letras.

Sei que incerteza traz inspiração, E a tristeza parece poesia, e espero que eles saibam que seus amores e desilusões embalam e inspiram os nossos, e que não são poucoas vezes que roubamos seus versos e transformamos na 'nossa música', e até demos elas presente.

Falta tanta coisa na minha janela, como uma pedra....

.


Bons Ventos Para Nós

Pena que não apareceu muito bem a tattoo

19 de jul. de 2011

Vício

Antes eu gostava, agora eu gosto da lembrança doce de como era bom gostar...

Acho que ainda é gostar, ainda é doce.

13 de jul. de 2011

Lumus

Sabe quando uma coisa te invade, e você não sabe se está feliz ou triste?

Dessas coisas que nem tem nome, só cor e cheiro, e são tantos.

Ah, amigos são esses que eu passo meses sem uma conversa decente, mas que quando eu encontro é como se tivesse visto ontem, na escola. E a sensação de que faltei um dia de aula, e justo nesse dia tudo aconteceu, muitas novidades, mas o assunto continua onde parou da última vez.

A diferença talvez seja que nessa época a gente nem dava oi ou se despedia toda vez que se via, já ia direto pra conversa.


Sabe quando você se arrepende de tudo, tudo que te afastou dessas pessoas, mas olha pra frente e vê que muitas dessas coisas foi que te trouxeram outras pessoas maravilhosas.

E que algumas situações seriam insustentáveis se perdurassem, e só eram perfeitas pela certeza do futuro distanciamento. Mas os que são de verdade nunca vão, só continuam vivendo, como eu, mas sempre a um telefonema de distancia.

Aí eu entendi, três anos e meio mais tarde, o medo não era cursinho ou não ir pra faculdade, era não saber pra onde iria... não ter pelo que esperar, não ter uma conversa de segunda-feira.

E eu pensava que 'àquela' altura da vida não seria capaz de amar daquele jeito de novo, que já era tarde. Mas nunca acaba, nunca deixa de chegar pessoas, e nunca deixam de ir, até amanhã.


Voltar é tão dificil quanto ir, e cada vez com mais bagagem.


"São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida...

A hora do encontro
É também, despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar"

Encontros e Despedidas - Milton Nascimento



Nox

30 de mai. de 2011

Fé solúvel

Eu queria ser capaz de simplesmente desacreditar ou crer. Eu queria ter uma resposta, de fé ou razão, mas o problema é que em mim só há perguntas. Nenhuma certeza, nenhuma crença. Porque eu nao sou capaz de acreditar na resposta de nenhuma pessoa que esteja viva, tudo é muito limitado, mas sem dúvida alguma invejável, ter o coração em paz. Mas também não cabe acreditar em um passoa morta. Só a certeza da dúvida.
Conhecimento deveria ser além de opcional, reversível, posso voltar matrix?






Antes do homem o medo
antes do medo o amor
antes do amor a dúvida
pois nem Deus sabe quem o criou
e o que prevalece em nós
A primeira semana - O Teatro Mágico

29 de abr. de 2011

Ósculos e Amplexos

Eu só queria um abraço apertado e um beijo apressado por dia.
Só pra matar a saudade que me mata.
Aí eu lembro das noites que eu só te tinha por alguns minutos depois da aula, ou até mesmo somente durante a aula. Dos dias que eu tinha um almoço. E fazia drama porque te queria mais. Queria que você ficasse, que não dormisse pra ficar comigo, que não comesse pra ficar comigo.
Aí hoje eu queria pelo menos um beijo, um abraço e um afago.



E agora é só você que me faz cantar



Pq essa foi a primeira carta brega. Obrigado por te conhecer.



Pq esse foi o primeiro dia dos namorados.



Se o que fica for suficiente para os dois, a paixão perdura



Toda rotina tem sua beleza...




Eu te amo pelas tuas faltas...




Apesar dos dias repetidos que são tantos



Eu caso contente, papel passado e presente...






Saudade da nossa rotina. Esperando o dia em que iremos morar junto todo dia.

23 de abr. de 2011

Talco

Eu ainda lembro.
Há uns 10 anos, até mais, eu passava a semana toda esperando o domingo de páscoa.
Hoje eu vejo que o melhor dia, o que eu lembro com mais saudades era o sábado a noite. A espera.
Essa semana também foi assim. Uma espera de leve ansiosa esperando o sentimento ansioso de antes. Já é sábado e ele ainda não chegou.

12 de abr. de 2011

Setor Público

Ele chegou e se posicionou no final de uma fila imensa.
- Que diabos, até aqui tem fila pra entrar, como se alguém fizesse questão de vir.
- Odeio gente que só reclama da vida – queixou-se um desconhecido para outro, logo à frente.
Ele fingiu não escutar e continuou praguejando. O calor, a falta de assentos, a demora pra fila andar. Porém não esperava que suas queixas fossem atendidas. Só estava curioso pra saber por que estava lá.
O chão era de terra, meio arenosa, não fazia muita sujeira mas parecia refletir o calor que vinha das paredes de pedra, que exalavam vapor, apesar a aparência fria, o corredor por onde as pessoas se enfileiravam não mostrava o final e sumia num amontoado de cabeças.
Ele nunca se imaginou naquele lugar, mas o que o surpreendia era ter acontecido bem antes do que esperava, e a fila, céus que fila. Tentou refazer o caminho até ali. Não se lembrava de muita coisa, de manhã o trânsito estava absurdo, mas isso parecia que foi há uma eternidade.
Tentou pensar em alguma maneira para cortar um pedaço da fila, ou de amenizar o calor infernal, mas na situação em que estava achou melhor resignar-se e esperar maldizendo tudo que lhe vinha à cabeça.
Esperava e reclamava enquanto observava as pessoas. Várias alturas, caras, cores, homens e mulheres, alguns brigavam, outros se bolinavam. Mas ainda em fila. Era um caos organizado.
A fila foi avançando lentamente e mais pra frente se bifurcava, onde um homem meio velho dividia as pessoas, fila da direita, fila da esquerda, chamando-as por números. Então ele percebeu, na sola do pé direito, um número gravado, nem fazia idéia como.
Fila da esquerda.
Logo à frente as filas se separavam, e a da esquerda seguia para um salão, não tão quente quanto o corredor, cravejado de portas pelas paredes, portas idênticas e com a mesma distância as separando onde algumas pessoas da fila entravam aleatoriamente. Aos poucos ficava frio, gelado. Mais um motivo para reclamações. Enquanto reclamava baixinho, ele ouviu seu nome de uma das muitas portas.
Entrou e viu uma saleta com outra porta do lado oposto do cômodo, uma mesa vazia e uma cadeira ocupada, por um homem comum.
- Pois não? - Perguntou o homem.
-Eu que pergunto. Fui chamado até aqui.
- Pode fazer as perguntas que quiser. Se não tiver nenhuma, continue pela outra porta. – E ele continuava em pé.
-Quero falar com o Cara.
-Pois não?
- ... Você? – A ansiedade e expectativa dele decepcionaram.
- Mais alguma coisa?
- É isso, sem grande portal, sem homem de chifres, rabo, fogo? Nada? Só uma fila infernal?
- Exatamente, uma fila infernal.
- E nas outras portas? Ali do salão, quem está lá?
- Eu. Em cada departamento.
- E depois dessa outra porta, pra onde eu vou agora?
- Aí depende. O que é o inferno pra você? No seu caso, não deve ser nada muito diferente das coisas que você reclama, as que você detesta.
- E a fila da direita?
- Sujeito curioso. Não quer saber por que está aqui?
- Faz diferença?
- Não.
- E a outra fila?
- É de quem ainda está indo, você já voltou.
- E só?
- Ainda não acabou, só começou. A outra porta.

5 de abr. de 2011

Lembranças musicais

Incrível minha capacidade de realmente substituir lembranças musicais.
Basta colocar as mesmas músicas, no mesmo mp3 velho, e passar por outras ruas ouvindo elas, pensando em outras coisas, em outras pessoas.
A maioria eu canto junto no automático, mesmo que faça 5 anos que não escuto.
Em algumas eu penso 'Como um dia eu gostei disso?'
Outras são diferentes em cada momento. Cada vez tem um sentido diferente.
E tem as que sempre fazem bem.



Algumas músicas me fazem sentir bem.
É quando eu me desarmo.


clica na figura que fica grande =D

(odiariodevirginia)





Comigo isso acontece com a música da Pink







E dependendo do dia a mesma música é alegre ou triste. Depende mais do clima metereológico, da estação. Esse sim é mais difícil desvincular das lembranças. Demora um ano inteiro.

14 de mar. de 2011

Am I Living It Right?

Já teve a sensação que você fudeu a sua vida? Só por que era mais fácil que fazer o que realmente queria. E simplesmente não tem como voltar atrás. Foi feito, e resta se arrepender e pensar como seria se tivesse coragem. A vontade de jogar tudo pro alto e enfim viver do jeito que eu quero, mesmo que seja errado. E se arrepender, todos os dias.



Eu ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar










Título da Carol, porque caiu mto bem..
fuiquasefeliz

28 de fev. de 2011

Baixa estima alta

Sabe quando a auto estima está em níveis vegonhosos?
Que vergonha de mim mesma.
Mas não é no sentido de se sentir bonita, linda, gostosa.
É aquela história de confiar no próprio taco. Tem mulher feia que consegue.
Falta confiança, mas não nele, em mim.

22 de fev. de 2011

Eu ainda espero o dia de voltar

Eu não faço a menor idéia do que escrever a respeito de tudo isso.
Não consigo imaginar uma crônica, um poema.
Sabe quando a gente tenta esconder, até dentro de si mesmo, pra ver se tudo volta a ser como antes? Quando ainda era uma perspectiva, só era estranho, a ansiedade pros dias voarem e a vontade de que o tempo parasse. Mas quando a rotina começa a se estabelecer e eu fico imaginando o que estaria fazendo se ainda estivesse lá, aí dói.
Cada música que lembra aquele dia a dia sempre juntos... A saudade sufocante de coisas que por mais que eu ficasse, já não seria mais uma realidade, porque estaria acabado de qualquer maneira. Mas assim, de longe, é dificil assimilar.
Eu vou ficando de mau humor com as pessoas sendo otimistas. Não faz a menor diferença pra ninguém, só pra mim.
Não é uma disputa tosca de faculdades, é a minha vida, eu quero que a melhor faculdade ou o melhor curso se explodam. Eu odeio trote, e se esse é o tipo de comemoração de quem tem 'orgulho' da faculdade, eu já tive orgulho, e já curou.
As vezes eu vejo o lado bom de estar aqui, mas ele some quando alguém de fora tenta me convencer dele.
Na minha cabeça passa cada um dos meus quartos antes de eu abrir os olhos e acordar aqui. Quando eu penso pra onde estaria voltando lá, passa cada um dos intinerários antes de chegar aqui.
E sempre eu estou com você. Nos devaneios. Quando eu realmente acordo, estou sozinha, e o desespero vem de eu não esperar que você estivesse aqui pra me levar pra cima e pra baixo, nem ao meu lado quando eu acordasse. O desespero é que nessa rotina a sua ausência é a rotina. Aí eu fico vendo o relógio e tentando montar meus possíveis passos se estivesse aí. E eu teria ido pra aula com você, e depois pra onde quer que seja com você. Até você me levar pra casa, eu implorar que você ficasse, mas não dá. Quem sabe eu fosse com você. Ou esperasse o outro dia.


7 de fev. de 2011

vem, vem ano ímpar

O importante são as horas, não o relógio...

2011 chegou e espero que seja mais azul que 2010... Mas como a esperança é a primeira que mata, me pergunto -E se tivermos saudades de 2010?

24 de jan. de 2011

Ele disse...




Ele me mandou, e ainda disse que não foi uma indireta, só lembrou de mim quando leu... Sei..

19 de jan. de 2011

Muié Maravilha

- Olha, um monte de twites de quando a gente era namoradinho.

Ele riu. Noob.

É, porque agora a gente é só namorado. Depois que passar de fase, digivolve para Muié.
O chefão é quando eu virar a Mãe.

- O mãe, a mamadeira do Luke tá pronta?

Game Over.

É isso que acontece depois que a princesa é resgatava pelo Mário.

9 de jan. de 2011

Profissão namorada

- Olha, um monte de SMS de quando a gente era namoradinho.

Ele riu. Palhaço.

É, porque agora a gente é só namorado. O próximo próximo passo é ser promovida a Muié.
A aposentadoria vem quando eu virar a Mãe.

- O mãe, a mamadeira do Juninho tá pronta?

Fim de carreira.

Não tem nada de bonito e brega como aquela caneca "criativa" que você ganhou de natal.