16 de mar. de 2010

A pedra na janela

"E só o que lhe peço em troca
é que você seja um amante fiel e verdadeiro,
pois o Amor é mais sábio que a Filosofia,
embora ela seja sábia,
e mais poderoso que o Poder,
embora este seja poderoso.
(...)
Seus lábios são doces como o mel,
seu hálito como o incenso."
O Rouxinol e a Rosa- Oscar Wilde



Milhares de coisas invadindo a mente. Uma noite sem lua lá fora.
Literalmente. Além da falta de luz aqui dentro.
Dentro, bem no fundo.
Voando com a brisa que entra pela janela
as lembranças suadas das noites quentes, dias atrás
daquelas noites eternas em que adormecer era tão mais fácil
tão leve, quase natural, não fosse a insistência em manter os olhos abertos,
em lutar contra o que tentava me tirar de você por longas horas.
Enquanto dormia, a vida passava pela janela
pra longe daquele universo paralelo,
em direção a lua que brilhava imponente,
mas a gente nem notava,
nem olhava, poderia ela explodir em borboletas prateadas,
eu só as sentiria no estômago.
Enquanto eu te esperava voou uma pedra na minha janela,
o coração palpitando acelerado,
antes pelo receio do incerto,
depois pela emoção da compreensão.
Era impossível resistir a imensa vontade de te abraçar,
apertado, que era pro perigo e medo não me alcançarem,
o medo daquela pedra;
que era pra sentir a intenção apaixonada do seu sorriso bobo
do outro lado da janela.
Saudades daquela lua.




"Antes de você minha vida era uma noite sem lua.
Muito escura, mas havia estrelas... Pontos de luz e razão...
E depois você atravessou no céu como um meteoro.
De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza.
Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro.
Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz.
Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para nada."
Eu perdi a razão que me restava.
Lua Nova -pág. 366- Sthefanie Meyer


PS. não achou que eu deixaria esse fato passar em branco, depois de tamanho susto, não é?!