30 de dez. de 2009

Escrito num pedaço de papel colorido... 2/3

Escrito em um pedaço de papel colorido, com letras garrafais e todo enfeitado, colado com a incrível fita dupla face num arranjo meio que permanente, longe da insignificância dos papeizinhos amarelos que logo perdiam a cola, acima das listas de pretensões, o objetivo maior “Ser Feliz!”.
Esse não era bem um lembrete, não era preciso. Tornara-se, na verdade, parte da decoração do quarto, tão bem desenhado fora. Inclusive, parte da mudança da decoração do quarto que pretendia fazer, o começo dela.
Pensando bem, estava muito diferente do começo do ano, o cômodo. Sua organização e as lembranças que ele trazia. A disposição dos móveis e o conforto que sentia ao entrar.
Estava muito diferente do começo do ano, sua vida. Não conquistou necessariamente os itens estimados, pelo contrário, realizou algumas das coisas que deixara fora da lista propositalmente, justamente porque não as almejava. O que não a impediu de alcançar. O que a assustou e surpreendeu, mas foi uma fantástica e maravilhosa falha nos planos.
Estava muito diferente do começo do ano, seu coração.
Estava muito diferente do começo do ano, sua fé.
E a vida ao fim do ano lhe parecia mais mágica, o mundo parecia maior, cheio de novas possibilidades, novos lugares, e ao mesmo tempo tão apertadinho, ao ponto de não caber mais ninguém além d’ele com sua fé e ela com seu coração, e esse mundinho era grande o suficiente pra que nenhum dos dois precisasse se apertar para que coubesse o outro, ainda assim, eles preferiam dormir espremidos num abraço.
E colocou um adorno a mais ao objetivo constante, que mais se enfeitava à medida que se cumpria. E, no fim das contas, interferiu para que os quilos conquistados a contra gosto nem importassem tanto.

A lista de objetivos de ano novo jazia... 1/3

A lista de objetivos e resoluções de ano novo jazia no post it colado na parede defronte à escrivaninha. Já se fixava com auxilio de um pedaço de durex, pois o adesivo dos lembretes já havia cedido há alguns meses. Continuava ali na esperança vã de que fosse lembrado em algum outro momento ao longo do ano.
Daqueles objetivos separados em duas categorias nomeados por ícones desenhados, indicando, basicamente, objetivos da alma e do corpo, até agora, nenhum realizado. Pensando bem, nem inédita a lista era, só mudavam as construções das frases, de ‘emagrecer 5 quilos’ para o começo do ultimo ano, para ‘emagrecer os 5 quilos que ganhei esse ano’ no final dele, no saldo, 10 quilos que lhe pesavam mais a consciência que a própria balança da farmácia na esquina, da qual já até cortava caminho. Ao lado das pequenas listas cheias de mudanças utópicas houve, por um tempo, um programa de dieta e exercícios, que foi retirado para dar lugar a algum aviso de compromisso da faculdade, ou de um filme na televisão que não queria perder, nem lembrava mais.
A relação dos hobbies era mais deprimente, tantas coisas que davam prazer em serem feitas, tão animadoras, mas que eram deixadas de lado em troca de horas dormindo no sofá da sala, ‘dormir menos e melhor’ outro item deixado de lado. Ela era estranha mesmo, enquanto a maioria dos universitários com a quantidade de coisas que ela tem pra fazer se priva de sono e sonhos, ela dorme bastante, até demais, e tem pesadelos. O que lhe custou mais um ano longe do objetivo sonhado ao entrar na faculdade, a formatura.Queria tocar violão, queria decorar seu quarto, montar álbuns de fotos fora do computador, reformar seu guarda roupas com o que ela já tinha, levar a diante o antigo projeto secreto. Queria.
Quis tanto.

18 de nov. de 2009

O problema é que eu te amo

Quando eu disse que amava demais, era serio.
Quando eu falei que minha vida se vinculava cada vez mais a sua, era verdade
E que meus pensamentos eram seus, meus planos e sonhos com você, meu tempo pra você, era sincero.
A priori, e não dou a mínima para utilização correta da expressão 'a priori', eram loucuras boas, se entregar por inteiro, sem gostar pela metade.
Usar todo o tempo livre possível juntos era só atender a uma anseio desesperado do coração, uma coisa tão boa, que nunca haveria de cansar.
E todas aquelas conclusões de o que não se deve deixar acontecer para não fadigar o relacionamento são postas de lado, pelo prazer da sua companhia como a coisa mais importante do mundo, com a certeza instantânea de que tamanha euforia nunca haveria de acabar.
E de repente a sensatez bate à porta e lembra que existe um mundo além desse nosso infinito particular.
A vida já era boa antes de você, e a sua boa antes de mim, então, dar um tempo pra'quela vida particular também não é tão ruim.
Antes verdades nuas, cruas e cruéis tão naturais, vão deixando que tudo se resolva. E já é preciso outro alguém pra desabafar aquilo que nem eu mesma consigo entender.
Coisas previstas, e que antes, no auge do meu equilibrio, eu pensei que saberia aceitar, mas meu sentimento extremista custa entender.
Antes simples como um beijo, sem que ainda o cotidiano e a convivência mostrasem suas faces dualisticas, que fazem tudo crescer e durar, e cada vez mais unir, e ao mesmo tempo, a necessidade de às vezes afastar, e a confusão da minha, com a nossa, com a sua vida, e com a gente, e de tolerar, entendendo que não tem nada de errado aqui.
Agora comum como um beijo.

O Problema é que eu te amo!

16 de out. de 2009

Histórias que nos contam na cama antes de gente dormir.

Um história pra gente grande dormir...

Era uma vez um menininho. Ele era um menino louco, e bem pobrezinho, e pra não passar fome ele tinha que trabalhar em uma coisa que ele não gostava [na verdade, ele tinha que trabalhar pra ter dinheiro pra ir festar nos finais de semana, mas desse jeito a história fica menos dramática], nesse trabalho ele brigava com uns caras grandes e fortes, o que era bem difícil, já que esse menino não era grandão, nem forte [isso não fazia muita diferença, já que ele brigava com os outros pelo telefone, mas não vem ao caso, ele não gostava do trabalho do mesmo jeito, porque ele era um bom menino, e não gostava de brigar com as pessoas ;D], então ele resolveu que seria um pensador quando crescesse e foi estudar numa escola de loucos, lá tinham muitos outros meninos e meninas loucos como ele, que queriam mudar o mundo, que faziam militância política [como o governo não deixava que eles estudassem isso, mudaram o nome para Ciências Sociais], mas esse menino estudava numa classe especial para loucos, uma tal de Filosofia.

Um dia, ele resolveu ir junto com um amigo dele, lá da escola de loucos, pra um lugar com outro tipo de loucos, cabeludos, barbudos, que usavam tachinhas e roupas escuras e gritavam coisas que não davam pra entender numa voz gutural. Lá nesse lugar ele encontrou perdida no mundo dos humanos, e pior, num lugar de loucos, uma fada, a fada do dente. A fada estava com uma amiga dela, que também era louca, e conhecia o amigo louco do menino louco, e ele começaram a conversar, a fada e o menino louco. Conversaram e descobriram que eles gostavam de uma coisa em comum, ela como uma fada, ele como um menino, gostavam de uma coisa mágica, que parecia com um circo, com palhaço, corista, trapezista, bailarina e soldado de chumbo, que também parecia com um teatro, algo como um teatro mágico.
Depois desse dia o menino ficou pensando na fada, mas eles eram de mundos diferentes, ele dos humanos, e ela do mundo mágico das fadas do dente, mesmo assim ele deu um jeito de conseguir falar com ela, com um tipo de ferramente para comunicação entre os mundos, o MSN. Então eles combinaram de se encontrar, pra conhecer um pouco mais do mundo um do outro, e foram pra um show do Barão Vermelho, aquele do desenho Corrida Maluca, sabe?
Desde então, eles não se desgrudam mais. Eles formaram um mundo só deles, um mundo meio mágico, meio louco, já que a fada também era louca, e o menino sabia fazer mágicas fantásicas, e ele foi mostrando pra ela como o mundo humano era mágico quando eles estavam juntos, e como um mundo louco era bem mais legal e interessante.

28 de ago. de 2009

Degraus

Aquele apartamento, tanto tempo depois, era só um amontoado de coisas que um dia fizeram sentido.
Um amontoado organizado, mais organizado que nunca, depois de tanto tempo sem aparecer por lá. Organização sempre me pareceu sinal de distância psicológica, mas ali a arrumação não tinha nada a ver com o abismo que sentia entre eu e aquele lugar, só era uma constatação, uma espécie de estopim, de epifania.
Não era possível manter minha casa organizada daquele jeito, papéis e livros obedientemente nas prateleiras, a mesa do computador não contendo nada além do objeto para o qual era idealmente nomeada: o computador. Os CDs todos empilhados copiosamente no espaço da escrivaninha destinado para CDs. Inacreditável. Nenhum espaço incumbido da missão de abrigar a mim, ao meu coração e as minhas coisas estaria daquele jeito, como não estivera aquele lugar na época em que eu o frequentei.
Parei pra pensar naquelas coisas que uma dia fizeram sentido, fitei-me no reflexo da mesma janela, e não reconheci a cortina que a cobria, nem a mim, nem a paisagem através do vidro. Quando me olhei, tentei ver o meu eu passado, tentei entender as antigas razões de estar naquele lugar, não encontrei, se quer, razão para estar ali naquele momento.
Parei, então, de pensar naquelas coisas.
Eu sabia que o que ouvi não passavam de mentiras q minh'alma utópica gostava de acreditar.
Mentiras sinceras não me interessam, não.
Não mais.
Peguei minha bolsa e saí.
Desci as escadas ainda sentindo o cheiro do café sendo coado.

9 de ago. de 2009

Sei não

"É... meu computador
Apagou minha memória
Meus textos da madrugada
Tudo o que eu já salvei
E o tanto que eu vou salvar
Das conversas sem pressa
Das mais bonitas mentiras

Hoje eu não vivo só... em paz"

O Teatro Mágico

acho que devo uma resposta quanto aos 'memes' pendentes... Na verdade nem sei se houve, em algum momento, a real intenção deles serem cumpridos, já que repassados certamente não serão, mas, enfim, quem sabe um dia eu responda, ou não
quem sabe, também, em breve eu escreva alguma história devidamente dramatizada, ou ao menos relatos das minhas férias...
quem sabe?
eu não

19 de jul. de 2009

lar, doce lar

Sentia pela primeira vez que ia embora de casa
Sentia pela primeira vez que aquela casa era um lar... de outros lares já fora embora antes, sabia qual era a sensação
Fez as malas e esvaziou o quarto, enquanto contemplava o cômodo vazio já sentia falta... Nem saíra da casa ainda, mas a cachorra já não estava ali, faziam falta aqueles latidos insistentes e irritantes pedindo a porta aberta e o acesso ao sofá preferido livre....
A vontade de ficar, pelas madrugadas de conversa, mesmo quando não se devia estar acordada de madrugada
A vontade apertada de ficar, de ficar nos abraços, dos carinhos e das palavras mudas que confessam tanto, dos olhares que prendem e gritam segredos
A casa já estava vazia, só faltava ir embora

Dualismo confuso, queria ficar e ir. Ouvir a vontade sufocante de permanecer, podia até ser, e melhor que fosse, escondida, naquele mundo em que o tempo não existe, mas passa voando, e num piscar de olhos, é tarde, já é manhã janela à fora.

E quando abriu o portão, teve a impressão de que a cachorra corria recebe-la, afobada e contente. Não havia animal algum ali, celebrando, mas sim seu coração que sentia, inquieto, que estava de novo em casa, mas de casa acabara de sair.
E sabia, que ali, de onde se distanciava aos poucos, havia tanta gente esperando sua volta, ainda que vivendo bem na sua ausência.
E resolveu aproveitar, e saiu como nos dias comuns de antes, comprar um lanche no trailer na esquina do posto de saúde, ver tv e dormir tarde, estar em casa, mesmo aflita por ter deixado à pouco um outro lar, pro qual voltaria em breve, e por saber disso, não sentia tanto medo, mas sabia, que logo sentiria muita falta, como sentiria desse quando tivesse que sair de casa pra voltar pra casa, de novo.

2 de jul. de 2009

offline

'fulana' diz:
amanhã 3 de julho vai ser o dia do offline femenino,
é uma partida que vamos pregar aos rapazes para que se aborreçam muito no msn.
Vamos meter o status offline para eles perceberem que nós fazEmos muita falta.
URGENTE PASSA A TODAS AS TUAS AMIGAS ( e cuidado com enviar a um rapaz )
não estraguem tudo!
ipsis litteris

hahahaha

é com um prazer imensurável que eu estrago coisas toscas como essas
é com grande pesar que eu sei que quase ninguém vai ler isso, que dirá até amanhã
é com apatia e tédio inimagináveis que eu resolvi postar isso só pra atualizar o pobre e abandonado blog

as coisas de fato dignas do caderno verde que caberiam ao dia de hoje não podem ser ditas assim, em veículos públicos de comunicação...
quem sabe daqui uns dias eu posto mais alguma coisa, talvez algo mais decente, ou não

21 de jun. de 2009

O único problema...

O único problema é o medo,
que inibe minhas decisões
A coragem,
que incita minha inibição
E a dúvida,
que questiona minha incitação
Enfim, são três únicos problemas
e eu..? eu não faço nada
nada mesmo

8 de jun. de 2009

É o caso. (cap.III)

(...)
Ainda sobre acaso, estava eu, no terminal urbano de Londrina esperando o coletivo para ir até o terminal rodoviário de Londrina comprar minha passagem para sexta-feira, pra não perder a viagem de novo, por chegar e já terem acabado os lugares, ouvindo músicas no celular, quando passou por mim, e por quem mais estava sentado ao meu lado nos bancos do terminal, um moço cego, devia ser cego, pois, além dos óculos escuros, não caminhava decididamente, e usava uma dessas bengalas pra cegos, acho que ele não estava brincando ou treinando, mas o diferente foi que ele carregava nas costas um violão, devia ser um violão, era uma capa dessas de violão, ao menos. Segui ele com os olhos até sumir do campo de visão que me corpo inclinado e o pescoço esticado podiam abranger, não, não fui discreta ou sutil, ele me chamou a atenção, e eu fiquei observando enquanto pude, pois, naquele momento, eu entendi.

E, no mesmo dia, das coisas boas que Londrina me trouxe, me fez e me faz, uma pertence ainda às lembranças do ano passado, que eu senti de novo, naquele frio quente na barriga, e aquela ansiedade pelo que vem a seguir, sentida minutos antes de começar a peça, quando entrei no shopping e li as palavras BILHETERIA FILO acima de pequenos guiches recentemente montados e ainda vazios, mas que só de estarem ali, esperando o breve momento em que movimentarão a cidade, já produzem aquele quente na alma, junto com os ventos frios que sopram insistentes e agradáveis à essa época do ano, tão perfeitos um para o outro. Mesmo que há um ano o festival tenha gerado problemas republicanos [não, a dúvida não era pra usar aqui, era no link mesmo], a sensação fantástica de ansiedade antes um espetáculo prevalece.

Sobre vida, morte e acasos. Quantos farão falta? Quantos nós ficaremos sabendo, anos depois dessa louca vida londrinense e nem saberemos de quem se trata?
Existe vida após a morte? Não vida vivida, nem depois da morte morrida, existe vida pra quem fica, depois da morte daqueles que são a coisa mais importante na vida de quem ficou?

Textos aleatórios é o que mais tem no tal caderno, mas eles são sempre tão autais e especificos que às vezes aqui só se encontram as conclusões, que acabam em textos curtos. Ou acabam fragmentados em vários assuntos pequenos. É o caso.

26 de mai. de 2009

É livro! (cap.II)

(...)
Ainda sobre felicidade, e ainda sobre coisas aleatórias, trecho do livro que estou lendo desde o ano passado [perceba que não estamos mais em janeiro, pra usar o termo 'ano passado' apenas como uma piada], mais especificamente, a crônica "Sou eu que faço você sofrer ou é você que sofre por mim?" - Alguém Que Já Não Fui, Artur da Távola:

"A pergunta, então, ficaria: Sou eu que faço você feliz, ou é você que feliça (eu feliço, tu feliças, ele feliça, nós feliçamos, vós feliçais, eles feliçam. Fica inventado o verbo feliçar para dar existência, ação, vida, movimento, liberdade à felicidade, da mesma forma que o sofrimento tem o verbo sofrer para espalhá-lo entre os homens em todas as pessoas, tempos e modos) por minha causa? Repetindo, por causa dos parênteses enormes: Sou eu que faço você feliz ou é você feliça por minha causa?
Curiosa e masoquista a vida. O verbo sofrer é complicado. Feliçar é simples. Por que a gente prefere conjugar o sofrer?"
Ipsis litteris

Bom livro, esse, parece um blog bem escrito impresso, sobre coisas comuns, que mesmo que eu não concorde em tudo, é legal de se ler. Nem sei porque, nem como, ainda não terminei de lê-lo, aliás, nem sei porque comecei, não que eu não tenha gostado, já disse o contrário, mas foi apenas um grande e bom acaso que colocou esse livro em minhas mãos, e, se antes de leva-lo pra casa, e começar a renovar o empréstimo por incansáveis e consecutivas semanas, eu soubesse quem era o autor do livro, simplesmente não teria pego. São os riscos que se correm ao escolher um livro pela capa, levar algo agradável, mas, às vezes, também, perder coisas boas. Me queimem os hipócritas orkutianos [ adjetivo referente à orkut], mas nenhum ser humano terráqueo, excluindo aí os possíveis seres humanos ET [sigla para extraterrestre, que não define, necessariamente, um ser não humano, certo?], deixa de julgar as pessoas pela aparência, o pré-conceito é essêncial para nossas escolhas, sem essa primeira impressão, sem essa primeira opinião formada apenas pela sensação inicial causada pelo superficial teríamos que abraçar à tudo, para depois conhecer e então decidir, e pensar. Conceitos prévios são indispensáveis para nossa sobrevivência, afinal, eu não poderia levar todos os livros da biblioteca de uma só vez, nem em toda minha vida vou conseguir absorver tantas letras, nem mesmo se considerasse apenas o setor de literatura, eu fiz minha escolha, que não se baseou, e nem tinha como, no conteúdo, pra isso eu teria que ler, e então, já estaria lido, escolhido, enfim... eu escolhi pela capa, gostei, podia ter escolhido pelo autor, e teria me privado, sem querer, de bons textos, mas se assim tivesse sido, eu nem saberia.
Ao acaso, que me trouxe lindas definições, mesmo que tantas vezes nem sejam necessárias palavras.!
(...)

25 de mai. de 2009

É vida! (cap.I)

"é um misto de alegria, de tristeza, de leveza... é amor!
é uma mistura de paz, fantasia, de segurança... é sonho!
é uma bagunça de loucura, de sorrisos, de agito... é paixão!
é uma salada de amor, de sonho, de paixão... é vida!"

Versinhos que, nos meus arquivos, datam 10 de dezembro de 2008, mas que sei, foram escritos antes, na internet, pra alguém, nem sei quem, apenas pra ilustrar que eu estava feliz, e fazer alguma coisa meio poética, sem serem, necessariamente, verdade. Pertencem apenas ao Eu lírico e à Marcela, aquela mesma Marcela dos desenhos, mas que hoje também faz algum sentido pra Mayara.

Sobre felicidade, minha arvorezinha da felicidade morreu... é, eu tenho [tinha] uma pequena árvore, que, de acordo com o nome popular, pertence à felicidade, e a minha [minha e da felicidade] morreu, morreu. Foi secando pouco à pouco, e há pouco tempo, morreu. Talvez tenha acabado a felicidade nessa casa, e ela desistiu de viver, e suicidou apoptóticamente [advérbio derivado de apoptose] cada uma de suas folhinhas... mas justo esse ano, depois de sobreviver à três meses de férias solitárias para a pequenina planta, justo quando estar sozinha não é bem a palavra de ordem da felicidade que é minha, e não da árvore, desta vez. Ou, talvez, quem sabe, eu tenha roubado a felicidade da árvore, que apenas como árvore, sem sobrenome, dona e características, perdeu as forças, e não resistiu, culpa minha, não deixar felicidade pra pobre planta amiga.
(...)

15 de mai. de 2009

Sobre Quartos, Feiras, e Cadernos

Quarta-feira, geralmente, não é o pior dia da semana, nem, tampouco, o melhor... normalmente, é só um dia normal. Na metade da semana útil, é quando eu tenho uma manhã livre da faculdade, o que significa que posso dormir, e acordar, bem tarde, e eu sempre uso essa regalia, não tão incomum na minha vida de universitária, mas, com isso, acordo e o dia já é metade. Na outra metade clara do dia, o dia de fato e direito, eu só tenho uma aula, sim, é uma rotina bem pacata à das quartas-feiras, apesar de na grade ter aula de genética às duas horas, o dia começa mesmo às quatro, em que o horário reveza, à cada semana, uma aula prática, entre histologia e anatomia. Essa semana foi a vez da tão adorada, estudada e esperada, anatomia, e isso sempre foi um ponto positivo na luta contra um dia sem graça, na última quarta não.

Almocei, já quase meio dia, o macarrão que eu mesma cozinhei, convenhamos, o fato de o macarrão que EU MESMA cozinhei ter ficado, no mínimo, comestível, já é um grande avanço na incrível arte de ferver água, salgar, jogar a massa dentro e esperar, e dessa vez, além de mastigável e inteiro, modéstia à parte, ficou bom.
Comecei a assistir o seriado das treze, e sai de casa antes do final do episódio motivada apenas pela incrível anatomia.
Ao chegar ao campus, descer do ônibus, e já estar à caminho do departamento de morfologia, é que a consciência voltou pra onde não devia ter saido, e me dei conta do lapso de tempo que a roubará, eu estava duas horas adiantada pra aula de anatomia, cheguei no horário comum das duas da tarde, simplesmente me esqueci que não tinha as primeiras aulas, esqueci que não tinha aula! esqueci que podia ficar em casa vendo televisão... céus!

Foi nesse momento, que a epifania foi além da simples constatação da distração de uma aula, e me mostrou que algo tem desviado minhas forças e minha atenção, foi aí que eu percebi pra onde iam meus pensamentos.

Então eu fui pra biblioteca, ler um pouco de cultura não avaliada nas provas do curso que escolhi, e matei essas duas horas fazendo algo bom e útil.
A aula de anatomia foi bem pacata, com discussão de prova no final, fato que só eleva meus níveis de estresse diário.
Depois da aula passei na casa da minha tia, com um pouco de saudade, ou talvez fossem só lembranças introspectivas que comumente confundimos com nostalgia, pelos caminhos que fazia todos os dias úteis, há pouco mais de um ano, quando eu ainda morava lá, e meu mundo londrinense era tão menor, novo, e estranho e rendia poucas palavras no Caderno Verde.
Já em casa, nem assisti TV, fui pro quarto, liguei uma música boa, e escrevi esse texto.


E foi assim que foram consumidas as últimas folhas do Caderno Verde, com as devidas adaptações de pessoas e pronomes, temporalidades e fatos. Caderno que durou incríveis dois anos e meio, que guarda segredos inconfessáveis, verdade sádicas, lembranças inconvenientes, detalhes irrelevantes, e vida que talvez seja esquecida, tantas coisas até por mim. Caderno que foi, é, e será escrito com o intuito mais nobre, e egoísta, de preencher linhas, gastar frases e esvaziar a mente do que me pesa manter em segredo particular, mas nunca para ser relido em seus todo.
Quer este blog perdure, ou não, o Caderno é só obra de mais um cérebro pensador do cotidiano, desses que ao entrar na blogosfera, me deparei aos montes, mas que satisfáz uma desejo pessoal de analisar o mundo, sob minha própria ótica, só um meio. Aqui, pra estes fragmentos, vem apenas os pedaços que eu quero, as verdades veladas, os fragmentos do meu eu que eu quero e não tenho vergonha de mostrar.
E é a partir daqui que começa mais um caderno, ainda verde, mesmo que não tão adorada cor, apenas pela repercussão que ela já teve, à partir de um ponto ideal pra ser deixar os detalhes transcritos, e quando lidos relembrados, na memória, e viver a partir de uma nova folha, literalmente. Com uma nova fé, já descrita folhas atrás, e já esquecida, e, porque não, relida, antes com bem menos motivos ou razões, como só a fé permite ser, incondicional, mas plena.
Nem tudo precisa ter acontecido exatamente como está aqui. Nem tudo precisa ter sido escrito exatamente como eu transcrevi.


P.S. Se alguma coisa acontecer comigo, qualquer coisa que me torne incapaz de cuidar da integridade desses cadernos, eles são de único e exclusivo direito e herança do Dinho, pois assim como esse blog, ele não vai ler nunca, está seguro.

5 de mai. de 2009

Desabafos de uma nota Sol

É mágico ouvi-la tocar
vê-la deslizar suas unhas colorias
ainda sem perfeita destreza
entre as trastes.
magia que ecoa

O som paira sobre ela,
rodopia na mesma velocidade
de suas mãos esforçadamente velozes,
enquanto seus olhos parecem escutar
aquelas notas que saltavam
das cordas à cada batida
músicas que saiam quase mudas
abafadas por seus dedos inexperientes

Seu ar de quem sabia o que fazia
a esse pobre coração
que apreciava sua linda melodia,
ainda que não fosse uma canção.

Ben.

25 de abr. de 2009

Seja feita a vossa vontade, assim na terra, como no céu

A humanidade destrói o mundo, destrói o amor e as relações humanas, criam suas próprias armas, e se matam, e culpam Deus por deixar que isso aconteça. Na completa paz, não acredito, já disse isso, mas as guerras são os homens que fazem, e depois, Deus gosta de brincar com as vidas humanas.
Isso é o extremo da crença, quem não crê na criação da vida por um Ser Superior, não põe nele a culpa pela morte.
É o extremo da indiferença, a partir do momento em que a culpa pelo mal é de Deus, está entregue às Suas mão que acabe, o ser humano se isenta da culpa, e ainda fica irado com quem escolheu pra expiar pelos seus erros.
Quando tudo não passa de mal uso do grande direito, o Livre Arbítrio.
Deixa que Deus faça sua vontade, sem permissão Ele não age, é isso que se pede a oração, não é uma acusação por nossas escolhas mal feitas.

17 de abr. de 2009

Caderno Verde

Verde
Amarelo + azul
Faixa de freqüência 550 nm do espectro de cores visíveis
No semáforo, siga em frente
Um tipo de esmeralda
Maça verde
Coco verde
Grama
Menta
Verde de inveja
Passarinho verde
Antônimo de "maduro"
Chá verde
Cheiro verde
Antes do baile verde
O incrível Hulk
Clorofila
Lanterna Verde
Na bandeira do Brasil, o verde representa as florestas

Pra mim? apenas mais uma cor, e nem é minha preferida
O caderno? estava na banca de promoção, foi o que me pareceu mais bonito.

11 de abr. de 2009

dentro do metal... tudo?

Aparentemente, eu era um deles, me vestira de acordo, e, num pretinho básico, ninguém me olharia com curiosidade nem no shopping, nem ali, mas eu observava tudo tentando entender o gosto daquelas pessoas, e compartilhar, quem sabe, o sentimento delas.
Ali, naquele mesmo lugar estavam pessoas com diferentes opiniões e personalidades, assim como, das poucas que eu conheço, algumas eu adoro, outras eu odeio, mas unidas por um gosto em comum, exceto eu, que analisava todos como um único exemplar, via eles como público.
Achei bizarro um homem gritar estridente no telão, com a cara bem grande em primeiro plano, fazendo sua música, pra mim, não passavam de gritos em um idioma que eu não domino.
Na primeira banda, pirei, tá, o cara mais que gritava, grunhia indistingüivelmente no microfone, e arrisco que em idioma algum, ainda que eu falasse a língua dos homens da terra inteira, e dos anjos, eu não entenderia o que ele cantava, mas a guitarra zunia fantástica na minha frente, bem diante dos meus olhos, a visualização do som que se propagava pelo ambiente um tanto quanto vazio.
A última banda me levou mais próxima ao contexto, a voz era mais agradável, ainda que eu não entendesse o significado das palavras, distinguia-as, ao menos, o baixista era realmente belo, e as músicas se pareciam com o que eu já tinha escutado do gênero, mas ver algumas pessoas com as pernas um pouco abertas para dar equilíbrio, balançarem as cabeças, para baixo e para cima, como que automaticamente, afastou o sentimento de empatia que flertou brevemente com minha curiosidade. Algumas pessoas pareciam sentir a música ao chacoalhar a cabeça e movimentar o corpo, prostrando-se aos pés d palco ou às cordas da guitarra, até fazendo o cabelo se movimentar de modo fantástico, mas outros me pareceram apenas maquinais.

A segunda vez foi mais legal, eu curti o som, mas ainda não sei o que dizem, ainda da pra decepcionar. Estava bem mais cheio, mas tinha bem menos cabelo.

23 de mar. de 2009

eu já sei o que vou ser quando eu crescer

7:00 *musica irritante do alarme do celular* não tem jeito, se for uma musica agradável do mp3, eu não acordo

*ligar função soneca* nem é uma questão de pensar que eu posso dormir mais cinco minutinhos, se eu colocar o despertador para o horário exato eu não vou levantar de uma vez, eu vou dormir mais cinco minutos, mesmo não podendo...

7:30 enfim, levantar. tahhh, o que era pra ser 5 minutos virou trinta, aula na clínica, da pra enrolar mais.

me trocar correndo, roupas brancas, não esquecer da jaqueta, dia quente, mas conseguem fazer nevar com o ar condicionado da sala de aula.

comer os cereais matinais, escovar os dentes e sair correndo.

Relógio da torre estragado, de novo, deve ser a quinta vez esse mês.

8:00 aula

9:00 aula

10:00 aula

11:00 aula

12:00 aula

12:30 acaba a aula, por enquanto.

Ir pra casa, trocar de roupa, não tem como enfrentar ônibus e bancos em geral com roupas brancas.

Relógio da torre está funcionando novamente, o há com esse relógio?

Almoçar no restaurante, não da muito tempo de fazer almoço nesse dia da semana, ainda tenho q voltar pra faculdade, aulas da tarde no campus, realmente longe de casa, não posso enrolar com um soneca, ficando muito tempo em casa, corro sérios riscos de ser seduzida pela cama, talvez até pelo sofá...

14:00 perdida no campus procurando a sala

14:30 aula

15:00 aula

16:00 aula

17:00 aula

18:00 acaba a aula, por enquanto...

18:30 aula de inglês
é, pelo menos por enquanto as aulas são apenas distração, e uma hora a menos do meu dia, porque essa idéia justo esse ano?

19:50 acaba a aula

casa
o relógio até mostra a hora certa, mas as luzes estão apagadas... grande coisa... não se fazem mais relógios como antigamente

banho - dormir

veja o lado bom, agora eu sou veterana...
fala sério, nunca nem me senti uma caloura, e deixar esse rótulo não me tem ajudado nem a saber a sala em que terei a próxima aula

três meses pra cansar das férias, três semanas pra cansar das aulas... podia ter uns dias de ócio pra curtir em Londrina, curtir em tonel de madeira.

10 de mar. de 2009

Cabeça Vazia, oficina do diabo

Tanto era meu medo no início da férias de me render novamente ao ócio, e, de novo, ter uma crise Psico-somática de estresse, quem diria, causada pela falta do que fazer, que fiz mil planos para me ocupar, desenhar, fazer painéis para o meu quarto, pintar o cachorro de azul, andar de bicicleta... que, por fim, isso foi tudo o que eu não fiz, e ainda assim, não passei nem perto do tédio. Eu montei esse blog, que, mesmo atualizado com pouca freqüencia, rendeu várias horas tentando criar algo pra colocar aqui, e navegar na blogosfera também ocupou muitas das minhas horas online; eu viajei, e cansei bastante em um final de semana, o que foi uma viagem ideal, passear, aproveitar, também cansar, e sentir saudades de casa, do contrário, não da vontade de voltar do passeio; saí viajar de repente, em uma sexta a tarde; comecei a aprendera como tentar tocar violão, eu me divirto muito achando que eu toco alguma coisa, e as aulas de violão foram alguma coisa que eu tinha certeza que teria pra fazer, pelo menos um vez na semana, fora os tantos minutos semanais de treino [hehehe], e descansei bastante, dormi até cansar de dormir.
Eu não fui à festas, não desenhei, não arrumei meu quarto, não organizei minhas fotos...mas não fiz isso porque me sentia suficientemente ocupada para um período de férias, e adorei!
E agora, também percebi que eu já começava a sentir saudades de Londrina, e, mais que isso, de estudar! não, não de ir pra faculdade, de estudar mesmo. Eu me lembrei do porque eu vim parar nessa cidade, agora tão mais agradável, é um motivo fantástico, é um sonho!

26 de fev. de 2009

Qual é a música

lá vou eu dissecar algumas músicas, tá, criticar algumas músicas...
acho pertinente, coisas que muita gente canta, acha lindo, bonitinha, legal, mas nem parou pra pensar no que as letras dizem, e, às vezes, até concordariam comigo de que não fazem muito sentido... e não vou falar de Tati Quebra Barraco, e tampouco de Borboletas do Victor e Léo [essa ainda terá sua chance]


ícone da 'Zeca-feira' Zeca Pagodinho [sugestiva alusão =P], que pra mim, só de ser ícone da 'Zeca-feira' já é um bom motivo pra que eu não goste dele... mas não vem ao caso hoje...

Deixa a vida me levar

[...]Agradecer e ser fiel ao destino que Deus me deu
Se não tenho tudo que preciso
Com o que tenho, vivo
De mansinho, lá vou eu
Se a coisa não sai do jeito que eu quero
Também não me desespero
O negócio é deixar rolar
E aos trancos e barrancos, lá vou eu
E sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu
E deixa a vida me levar (vida leva eu)

um claro hino à acomodação, não precisa nem pensar a respeito, está explicito, o cara não faz nada na vida dele, do jeito que estiver, tá bom, ele se acomoda, e 'é feliz' com o 'destino que Deus lhe deu'... pô, nem vem, tu é um preguiçoso, e não se da o incomodo de se incomodar com isso... se é seu jeito de levar a vida, tudo bem, não tenho nada a ver com ela... mas se você, siiim, VOCÊ que tá lendo canta isso e acha o hino à felicidade, reveja seus conceitos, e se quiser continuar cantando, cante! [eu que não cantava essa música nem por engano, agora então]


a segunda é, na verdade, só uma pequena nota, só para registrar meu devaneios enquanto ouço músicas, uma do Rei, Roberto Carlos, que eu confesso, tive contato através do Jota Quest

Além do horizonte

Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranqüilo
Prá gente se amar...

meu conceito de 'horizonte' é: uma linha que se afasta quando você se aproxima... você já pode ter visto alguém ao horizonte, mas nunca vai se ver lá, a não ser que tive uma fotografia, e assim, horizonte pode ser exatamente onde você está, depende do ponto de referência...


e, pra encerrar com chave de ouro, desculpas Renato, Faroeste Caboclo...

Na sexta feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô
Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar
E Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que seu ministro ia ajudar

diz que o cara vai pra zona da cidade, gastar dinheiro, nãoo, ele não vai lá só conhecer pessoas interessantes, todas as sextas-feiras, e não lá, uma vez por mês, depois o dinheiro não da pra ele comer [?]
tá legal, não é só porque o rapaz não é bem favorecido financeiramente que ele só deve trabalhar e comer, faz parte do bem estar do seu humano se divertir, ter momentos de laser, mas quando o ilustre, magnífico, fantástico, explendido [.....] genial Renato Russo coloca "até a morte trabalhava Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar" eu subentendi que comer era prioridade para o dinheiro do João, sei lá, talvez seja minha alma burguesa falando, mas manter o corpo abastecido é um dos pré-requisitos [como é, tem hífen?] para se cogitar sair da casa santa sexta-feira pra ir à zona, antes também de comprar a ração do cachorro, do gato, do passarinho, a garrafa de velho barreiro... [ou talvez eu tenha q rever meus conceitos] {[tá, na letra não diz que ele tem cachorro ou bebe velho barreiro, talvez seja 51 mesmo]}


tá, eu critiquei grandes compositores, mesmo que eu não goste de um deles, e de três eu só não gosto mesmo do primeiro. e também não vejo com simpatia alguém, que, por ventura, me faça criticas tão rudes e de maneira tão ironica, mas se até eu, quando releio velhos textos que escrevi, tantas vezes os acho ridículos.. então, vai, atirem suas pedras

20 de fev. de 2009

Aponta pra fé e rema


Porto: do Lat. portu
s. m.,
lugar reentrante na costa do mar ou junto à foz de um rio, onde os navios podem fundear;
lugar onde se embarca ou desembarca;
fig.,

lugar de refúgio ou de descanso.
Porto Seguro: Município situado no extremo sul da Bahia, estando localizado no Nordeste brasileiro.
Porto seguro nas metáforas das relações humanas, algo parecido com o termo que consta no dicionário, com as devidas personificações, alguém que serve de apoio, abrigo, popularmente, um auxílio e proteção perante dificuldades.
Poeticamente, lindo, daria um ótimo [com o perdão da ironia] poema meloso-de-orkut de menina-de-quinta-série-que-vive-em-contos-de-fadas, na prática é uma canoa furada, se responsabilizar pelas feridas alheias, ser apoio nas tempestades, agüentar a força das ondas sobre si, mas, e quando vier a bonança?
Portos não se movem, e os barcos, que foram feitos para navegar, se vão. O pier continuar lá, apenas com o desgaste da maré em si, e só.
Sinceramente, eu não quero um 'porto seguro' para mim [eu quero sim ir à Porto Seguro]. Eu não vou parar de remar, quem sabe, alguém para remar comigo... Eu já tenho minhas âncoras, já tenho pessoas que me ajudam, mas que não ficam para trás com a calmaria. Algumas pessoas nos fazem de porto sem que a gente perceba, mas não preciso dizer que eu não vou me propor a ser 'porto seguro' de ninguém como se isso fosse apenas uma linda poesia, não é?! Eu não sou apenas um amparo. Quem quiser, tenho remos disponíveis. [com o perdão das metáforas]

Don't take away my shine, My shine is all I have, My heat, my love, my beauty and my glad

9 de fev. de 2009

Noite sem dormir

Eram duas e quarenta e dois da madrugada quando ela pegou a lanterna estrategicamente deixada no criado de cabeceira e saiu da cama. Apesar da noite quente de verão, calçou as pantufas para que o pisar ficasse mais silencioso. Foi ao banheiro, abriu a torneira e deixou que um cintilante fiapo de água escorresse, acendeu a luz, e fechou a porta, tudo apenas para, no caso de alguém na casa despertasse, atrair a atenção e imaginasse que era apenas uma ida noturna ao banheiro, e foi em direção ao quarto de estudos, com a lanterna calculosamente com as pilhas fracas para que não emitissem luz além da necessária pra que ela se guiasse pelo já tão conhecido caminho na própria casa, abriu a porta do guarda roupas e tateou por cima da pilha de livros que ele guardava até encontrar o que queria.
Voltou para o quarto já sem cuidado nenhum, aturdida pelo que viria a seguir, já tinha o que queria em mãos, a caixa de lápis de cor. Fechou a porta atrás de si, acendeu a luz, sentou na cama e pôs-se a desenhar.
São assim todas suas madrugadas de insônia, com todos os elementos e cores preparados e esperando ansiosos por elas.
Começo a desconfiar que a ânsia dos lápis coloridos e dela de preencherem a folha branca em mil tons que tem lhe tirado o sono com mais freqüencia.

30 de jan. de 2009

Já que é pra ser assim, Diga ao povo que fico!

Fico onde estou, na UEL, na república, em Londrina... só não me pergunte como me sinto em relação à isso, eu não sei...
Sei apenas que duas semanas de férias em Maringá, e era como se eu nem tivesse ido embora, eu não precisei me readaptar, me senti em casa, e em casa o tédio é só tédio, não solidão, é onde está meu circulo social, minhas histórias.
Eu tinha fé de que voltaria, já havia me despedido psicologicamente da vida Londrinense, terminei o ano crente na transferência de faculdade, e fiz minhas malas e meus planos para a Cidade Verde.
Maringá é meu reino, e Londrina foi, por algum tempo, apenas como uma província, e agora vejo-me no limite para transferir o império para a colônia. Estranho esse sentimento depois de um ano em Londrina? Talvez. na 'primeira mudança' pra lá foi muito de repente, na euforia da entrada na faculdade, hoje eu já tenho uma 'meio-vida' naquela cidade, mas na Pequena Londres ainda não conquistei coisas perenes, tudo que há de meu lá ainda é superficial, não é o bastante para sentir falta, como acontece com o lugar onde eu passei toda a minha, ainda curta, mas toda uma, vida.
Talvez o erro tenha sido acreditar demais em algo tão incerto, e me preparar para voltar, mas não me diga "isso passa, é só hoje e isso passa", só me deixe ficar aqui quieto, isso passa, amanhã é outro dia não é? me deixa ficar triste por um momento, por favor, pois quando acabarem as férias e eu estiver de volta à Londrina, vou recriar minha vida por lá, e me alegrarei com o regresso, com a certeza de que terei tempo para descobrir reinos, construir meu castelo e conquistar coisas eternas!

29 de jan. de 2009

Do sul profundo

outro 'meme'
bom, não sei se esse eh interessantes, não que o outro fosse, mas esse eh menos =P

regras:

-Passar para 8 blogs. [jah imagina o q vai acontecer com essa parte neH! =P]
-Avisar e Linkar os blogs escolhidos.
-Publicar suas respostas no blog.

Objetivo: ['memes' tem objetivo?] minha visão pessoal a respeito dos sete pecados capitais [chegastes até aqui, mas quão inocente tu és].

Gula: nível 7.1 do Logiké
Avareza: para com o que??
Inveja: inveja do que? de quem? [vide item Soberba]
Ira: gíria não flexionada para o Particípio Passado [Irado]
Soberba: eu me basto, q q eu posso fazer?
Luxúria: uma banda ♪ "Do lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva" ♪
Preguiça: Férias [algo próximo ao tédio também]

e, para situarem-se, os sete pecados capitais de acordo com O criador
=P

Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora
Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro
Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa
Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável
Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente
Luxúria: apego aos prazeres carnais
Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico.

[vcs não estão esperando indicações neh?!]

25 de jan. de 2009

Meu eu exterior

Estou eu, parada na porta da geladeira, de onde provinha a única iluminação da cozinha, levando a garrafa d'água à boca, quando senti como se ela desse um tranco, bati o gargalo nos dentes e derramei água pelo chão e na minha roupa. Não teve jeito, era pra ser apenas um gole rápido em plena madrugada, mas tive q acender a luz, pegar um pano e limpar a bagunça. Pude ouvir e sentir, fora de mim, meu eu exterior rindo, com sua gargalhada caracteristicamente escandalosa, enquanto eu, carne e osso, limpava aborrecida e sonolenta a molhadeira do piso marrom do apartamento alugado.
Não havia mais ninguém ali além de eu mesma, mas não apenas um 'eu', há também, ao meu lado, meu eu exterior, como um clone meu invisível, muito sapeca, que empurrou a garrafa para que fosse feita a bagunça, que coloca o dedinho na rota dos cantos , derruba a comida do garfo, nos fazendo assustar ao levar à boca talheres sem nada, faz isso parar rir muito de nós mesmos.
Quando sentir que seu eu exterior te sacaneou, ria dele, de si mesmo, ou de ambos.

19 de jan. de 2009

coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

eu fui 'linkada' duas vezes, e agora? postar duas vezes, 12 coisas, 12 links?!

tahh.. eu não acho q o mundo queira saber sobre mim, mas tudo bem, lah vou eu..


Regras:
-Linkar a pessoa que te indicou.
-Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post.
-Deixe a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
-Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.

seis coisas aleatórias sobre mim [aleatórias não significam segredos, novidades, coisas interessantes, engraçadas ou toscas, são, apenas, aleatórias]

-eu escrevo tudo errado, regras gramaticais são um obstáculo na minha vida, e na internet eh pior ainda, pela amplaaaa troca de lugar entre as letras d palavras simples como 'NÃO' [eu sei disso, então não venha me encher, a não ser q o seu objetivo SEJA me encher =P]
-sou, ou estou, impaciente ultimamente... tudo me irrita, me incomoda, e a minha relação mais tranquila eh comigo mesma
-eu sou irritante [muita gente jah sabe disso, pergunta então pra minha irmã =P] irritantemente espontânea e sem escrúpulos, falo mesmooooo
-minha risada eh escandalosa [quem não sabe disso??]
-não ligo pra nada disso.. estou muito feliz comigo mesma do jeito q sou e me sinto, então, vou continuar irritando alguns,e dai?
-eeee.. tenho medo de dentista Oo [começou depois q entrei na faculdade, mas soh d pensar naquele motor jah ficou tensa Oo³]

então.. fora os dois ilustres senhores que Me indiracaram a esta coisinha q chamam d meme [pq esse nome, alguém me explica?] eu não tenho mais nenhum blog [ativo] pra indicar, então, da minha parte, ele morre aqui =P

Henrique Mine - Palhaçadas a parte
Ulisses Mateus - Dairy of Madman

ehh.. soh respondi uma vez.. 12 coisas aleatórias iriam ficar muiiiito chatas, além de desinteressantes para o público em geral, o mundo não quer saber taaaanto sobre mim... eu tbm não tinha 12 link.. =P

12 de jan. de 2009

Justificativas

Pobre do tempo,
que cura dores
muito trabalho tem o tempo
espera-se, depois que já se foi a esperança
que o tempo faça tudo
sem que ninguém faça mais nada

Pobre do amor
que justifica nossas maiores loucuras
encobre nossas maldades,
nobres maldades, se por amor
mas nunca as loucuras alheias

Pobre do erro,
que nos ensina algo
por mais que não o compreendamos

Pobre do passado,
que só fica na lembrança
só fica na tristeza
porque acabou
porque doeu
porque passou

Pobre do futuro
que só recebe promessas
Pobre do presente
que é sempre adiado,
esperado, atrasado
adiantado
amanhã é futuro,
ontem é passado
e hoje?

Pobre do homem
que faz essas pobres explicações
expiarem pelas escolhas,
pelo improvável, pelas dores
pelas loucuras, ensinamentos
lembranças, pelas promessas

Pobre da explicação
da explicação do homem,
usada para definir
coisas que só deveriam ser sentidas
sem culpados, sem explicações

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vai começar Big Brother Brasil 9 e eu não posso perder por nadaaaaaa ficar cuidando da vida de pessoas que eu não conheço


¬¬'

8 de jan. de 2009

Bandeira Branca

não, eu não acredito na paz mundial!!
na verdade, acho uma grande ilusõa, das mais utópicas, o ânseio pela 'paz no mundo'... As civilizações se construíram atravéz, apoiadas e em meio a guerras pelas mais diversas causas, com os mais banais estopins, e não vai ser hoje que essa 'tradição' vai acabar.
É certo também que, se não fossem os apassivadores as batalhas seriam muito mais numerosas... Eu creio ser possível a amenização ao nosso redor, e ainda assim, nunca uma paz plena, afinal, conflitos nunca deixarão de existir... nossos pequenos círculos sociais formam grandes sociedades, com desavenças muito além do nosso alcance, compreensão ou interseção. Podemos apenas exercitar a amenização até o ponto do convívio suportavel, quem sabe até feliz, afinal, sem grandes comflitos, não haveriam grandes alianças!

2 de jan. de 2009

Ano novo, vida velha


Ultrapassamos a invisível, imperceptivel e silenciosa (se não fossem os fogos de artifício) barreira entre 2007 e 2008. A virada de ano mais apática da minha vida não muito longa. Praia, festa, luzes, fogos, e eu assistindo tudo sentada em uma pequena sacada, longe de casa, sem calorosos beijos e abraços como muitos que eu viana areia, longe da maioria das pessoas que fizeram parte do meu 2007, em vez da tradicional ceia com a família, um x-salada e um capeta pouco depois de anoitecer. Virada de ano triste? de maneira nenhuma, mas, mais do que nunca, me pareceu apenas uma noite comum... Eu nunca poderia imaginar, no dia 31 de dezembro de 2006 que o ano que seguia seria tão bom, intenso e maravilhosamente inusitado, com um final digno de tanto: um protesto inocente e acidental pelo fim de um ano tão completo, e aí se encaixam tanto coisas boas, como coisas ruins, e por isso mesmo, tão perfeito. Mas não ficou pena pelo término de 2007, pois sei que foi vivido plenamente, e que conquistei coisas eternas e verdadeiras, que certamente não vão acabar junto com o calendário. não há, tampouco, medo pelo ano que se inicia, por mais incertos que sejam seus rumos, e vida tem seus ciclos e o tempos deles acontecerem, eu vou vivendo o que atual.
Nessa época é comum esperança e ânimo, expectativas para o novo ano. Que estes sentimentos existam em qualquer momento, afinal, ao lado dos amigos os dias mais cotidianos não são comuns, mas sim especiais em suas particularidades e em seus ciclos distintos, e é deles que iremos nos lembrar na despedida do ano que passou.